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A nova sede em detalhes

A obra de Cajamar foi entregue no final de maio do ano passado, quando foram concluídos os últimos retoques do prédio administrativo.

A engenhosidade do projeto e sua boa execução transformaram a edificação em uma referência quando o assunto é unir funcionalidade, estética e sustentabilidade em uma planta industrial.

“Recebemos visitas de outras empresas e construtoras interessadas em conhecer nossa nova unidade”, conta Nei Contieri, responsável pela Engenharia e coautor do projeto, ao lado Paulo Gonçalves. “Não buscamos referências ou copiamos outros projetos. Nossa ideia foi sempre identificar as melhores soluções existentes de mercado. Qual a melhor tecnologia de cobertura? De pré-montagem? De piso? O desafio foi integrar tudo isso em um único projeto. É esse resultado final que os visitantes vêm conhecer”, afirma Nei.

Conheça alguns detalhes e números do projeto:

# O terreno tem um total de 69 mil m². A área construída é de 40 mil m², sendo 6 mil m² do prédio administrativo, feito de alvenaria, e 34 mil m² da unidade de produção, que adotou o sistema de pré-moldado. A área industrial foi planejada de forma a permitir um fluxo racional de produção. Ela está subdividida em três grandes núcleos: armazenagem de matérias-primas, produção e armazenagem de produtos acabados.

# O novo espaço conta com 17 mil m² de área de proteção ambiental. Coberto por mata nativa, o trecho integra a mata ciliar que protege o córrego que passa nos fundos do terreno. Lá, já foram avistados animais silvestres, como um pequeno cervo.

# O volume total de concreto empregado na construção foi de 13 mil m³, quantidade suficiente para construir 600 casas de 120 m² cada. Se toda a tubulação usada na obra fosse justaposta, ela se estenderia por cerca de 6 km.

# Com 16 metros de altura, o galpão de armazenamento de matérias-primas é a unidade com maior pé-direito da nova sede. Seu piso foi projetado para suportar até 8 toneladas por metro quadrado. As unidades de produção e de armazenagem têm 11 metros de altura. O piso da área de produção suporta 6 toneladas por metro quadrado, e o da área de estocagem de produto acabado, 4 toneladas por metro quadrado.

# O consumo médio de energia será de 1.200 kWh. Em caso de falta de energia da rede pública ou para uso em horários de pico, a unidade conta com quatro geradores a diesel. Com capacidade de geração de 1.600 kWh, eles são capazes de manter a gráfica em funcionamento ininterruptamente.

# Soluções técnicas e arquitetônicas contribuem para a eficiência energética. As janelas do prédio administrativo têm vidros com películas refletoras de raios ultravioletas (UV). Além de proteger as pessoas da radiação solar, a refração de 80% dos raios garante uma economia de 30% da demanda do sistema de ar-condicionado. A instalação de lanternins (exaustores gravitacionais) no teto da área industrial reforça o sistema de ventilação. Toda a iluminação dos galpões é feita com lâmpadas econômicas. Pelas características arquitetônicas que permitirem lâmpadas focais, na área administrativa foram adotadas lâmpadas de LED.

# A cobertura da unidade industrial conta com telhas termoacústicas, produzidas a partir de um composto de alumínio (85%) e zinco (15%). Parecidas com sanduíches, elas são formadas por duas placas justapostas e intercaladas por uma manta de lã de rocha. Cada uma das peças foi desenhada e produzida em máquinas trazidas para dentro do canteiro de obras.

# Além do fornecimento de água da Sabesp, a unidade dispõe de poço artesiano. Com 350 metros de profundidade, ele é capaz de abastecer a planta com 15 mil litros de água por hora. Sua água é potável. Para armazená-la, há uma caixa d’água com capacidade de 240 mil litros. Outro trunfo de Cajamar é a sua Estação de Tratamento de Efluentes. Todo efluente gerado pela unidade voltará à natureza, via o Ribeirão dos Cristais, livre de impurezas.

# Para a movimentação de carga e descarga, a unidade conta com duas docas rebaixadas e sete docas com plataformas elevatórias.

# Há dois estacionamentos: um no subsolo, com 70 vagas, e outro no térreo, com 30 vagas.

# A nova sede reservou espaço para o museu da Gonçalves, cujo acervo inclui objetos como uma impressora Platina e um cavalete de tipos.

# Outro charme do novo endereço é a verdadeira escultura em pedra-madeira que compõe uma das paredes da entrada social. Fruto de um trabalho artesanal, o frontão foi produzido a partir do encaixe manual de uma a uma das peças de pedra.

# Cerca de 15 empresas atuaram no processo de construção. No pico da obra, havia aproximadamente 200 profissionais trabalhando em diversas frentes (construção civil, hidráulica, elétrica, refrigeração, pré-moldados, cobertura e pisos industriais). Uma curiosidade: cerca de 30 desses profissionais eram 30 haitianos, que fizeram do canteiro de obras da Gonçalves um espaço bilíngue. Tendo o francês como língua materna, poucos dominavam o português.

# A segurança merece ser destacada: em 33 meses de obra, não houve registro de acidentes.